REINO UNIDO DA GRÃ-BRETANHA (UNITED KINGDOM): 35 LUGARES INCRÍVEIS E ABANDONADOS

sábado, 20 de fevereiro de 2021

35 LUGARES INCRÍVEIS E ABANDONADOS




E se você, ao invés de visitar destinos badalados e altamente procurado pelos turistas, desse uma chance pra lugares abandonados e marcados pelo tempo?
Castelos, aeroportos e até paisagens naturais perigosas, que não podem ser ocupadas pelo homem, podem mudar a sua visão de mundo, além de apresentar uma série de histórias impactantes e outras que podem ser imaginadas livremente. E inclua aqui muito terror, suspense e, por quê não, romance!

 



01 - CHERNOBYL, PRIPYAT, UCRÂNIA 
Os cenários da cidade ucraniana de Pripyat tornaram-se melancólicos depois do terrível acidente nuclear da usina de Chernobyl, conhecido como o pior da história da humanidade. Em 26 de abril de 1986, uma grande explosão, seguida por um incêndio, impulsionaram a liberação de partículas radioativas na atmosfera, tornando a região extremamente tóxica. A cidade foi completamente esvaziada e ficou inabitável, gerando consequências graves em alguns de seus herdeiros, como doenças respiratórias e até câncer
Trinta anos depois do desastre, os prédios abandonados da cidade e de seus arredores tornaram-se atrações turísticas. No entanto, é preciso tomar algumas precauções para isso, como não comer ao ar livre, não entrar nas construções e até assinar um termo de responsabilidade 
02 - CASTELO EILEAN DONAN, HIGHLANDS, ESCÓCIA 
Localizado próximo ao vilarejo de Dornie, o castelo fica em uma região cercada por três lagos e várias montanhas. Construída no início do século 13 sob a supervisão do rei Alexander II, a edificação leva em seu nome uma homenagem a Donan de Eigg, um sacerdote e mártir celta que viveu durante o período obscuro da Alta Idade Média e morreu durante uma invasão.
O castelo, aliás, teve suas fortificações erguidas com o objetivo de proteger o território das invasões dos vikings que, naquela época, tomaram uma parte significativa do território da Grã Bretanha. No século 18, a construção foi dominada pelas tropas espanholas e, posteriormente, destruída com a derrota dos mesmos durante o período dos levantes jacobitas. Restaurado, ele hoje pertence ao clã Macrae, está aberto à visitação e pode ser alugado para eventos e filmagens 
03 - AUSCHWITZ, POLÔNIA 
Os campos de concentração de Auschwitz são considerados como o maior símbolo dos horrores do Holocausto. Ao todo, cerca de 1,5 milhão de pessoas foram mortas, entre judeus, ciganos e prisioneiros soviéticos dizimados em câmaras de gás ou em decorrência de doenças, fome, trabalhos forçados, execuções e até experiências científicas desumanas. Para construir o grande complexo, os nazistas destruíram a pequena vila de Birkenau ("floresta de bétulas", em português), erguendo diversos alojamentos que abrigavam prisioneiros capturados de diferentes lugares da Europa.


Hoje em dia, o lugar tornou-se um museu e é listado como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. O passeio, apesar de triste, atrai o olhares de turistas curiosos em busca da preservação de objetos pertencentes a homens, mulheres e crianças que passaram pelo local, além de circular pelos seus antigos alojamentos. Por aqui, é possível ver até mesmo mechas de cabelos cortadas de prisioneiros que, posteriormente, seriam executados nas câmaras 
04 - ISLA DE LAS MUÑECAS, MÉXICO 
Esse lugar isolado ao sul da Cidade do México atrai olhares com seu cenário peculiar. As diversas bonecas espalhadas por suas árvores possuem origem desconhecida, alimentada por lendas urbanas. Dizem as más línguas que elas foram penduradas por um pescador que, depois de resgatar o corpo de uma menina que morreu afogada, pendurou seu brinquedo como forma de homenageá-la.


Isso bastou para que o homem começasse a ser assombrado com aparições da criança, tomando a atitude desesperadora de pendurar mais bonecas na ilha com a intenção de se libertar do problema. Alguns moradores das redondezas dizem que, na verdade, o cenário foi montado por várias pessoas que passaram pelo local como forma de cultivar o hábito. Se é verdade ou não, o que prevalece é a curiosidade dos visitantes (By Voljah)
05 - CEMITÉRIO DE COMBOIOS DE PARANAPIACABA, SÃO PAULO 
Paranapiacaba, localizada no município de Santo André, ficou popularmente conhecida como “vila inglesa” graças ao seu clima, que inclui a presença de neblinas, suas ruas estreitas e suas pequenas casas de madeira com arquitetura temática, que resultaram em alguns bares, lojinhas e restaurantes.


O que mais atrai os paulistas para o passeio pelo lugar, no entanto, é a estação abandonada que antes pertenceu à empresa ferroviária São Paulo Railway Company no final do século 19. Daqui, é possível avistar a torre do relógio inspirada no Big Ben e passear pelos trens originais da companhia, além de observar vagões que transportaram D. Pedro II durante o período imperial. O trem que leva até a vila parte da Estação da Luz 
06 - VILA DE IGATU, BAHIA 
A vila de Igatu faz parte do circuito de turismo da Chapada Diamantina e possui várias atrações naturais, como trilhas e mirantes. No entanto, seu casario histórico e de pedra, que lhe conferiram o apelido de “Machu Picchu da Bahia”, é o que mais atrai a atenção dos curiosos. Anteriormente chamada de Xique-Xique, a região possuía uma economia bem movimentada no século 19 graças à exploração de diamantes.


Com o declínio da produção, muitas pessoas ficaram sem esperança e resolveram abandonar suas casas, deixando pra trás construções que se tornariam ruínas. Muitos garimpeiros, em completo estado de desespero, também destruíram ruas inteiras na esperança de encontrar resquícios de diamantes no local 
07 - RUÍNAS DE POMPEIA, ITÁLIA 
No ano 75 d.C, a cidade de Pompeia foi o alvo de um dos maiores acidentes ambientais da história da humanidade. Na ocasião, a região ocupada pelo Império Romano, que possuía pouco mais de 20 mil habitantes e uma forte produção de vinhos e azeites, foi completamente destruída pela intensa chuva de cinzas do vulcão Vesúvio, que entrou em erupção.

Durante 1600 anos, a cidade permaneceria oculta, até ser finalmente descoberta por um agricultor em 1748. O sítio arqueológico foi preservado graças à presença abundante de cinzas e lama, fazendo com que, hoje, o mesmo fosse tombado como Patrimônio Mundial pela Unesco. Quem passeia pelo lugar, partindo de Nápoles, pode, inclusive, se deparar com esqueletos petrificados e que capturam a exata expressão e posição das pessoas no momento de suas mortes
08 - CASTELO DA DONA CHICA, BRAGA, PORTUGAL 
Erguido no início do século 20 pelo arquiteto suíço Ernesto Korrodi, o castelo tem uma arquitetura mista que preserva os traços históricos, neogóticos e românticos de Braga. Localizada no coração da região do Minho, a cidade é popularmente conhecida como a Roma portuguesa graças à sua fundação, feita por romanos, e às suas ruínas. Por outro lado, as atrações seculares, como igrejas, jardins, parques e solários datados do século 18, preservam muito de sua autonomia.


A Dona Chica, que batiza o nome do castelo foi, na verdade, a riquíssima brasileira Francisca Peixoto Rego, que mandou erguer a construção para organizar festas destinadas à Alta Sociedade local. No entanto, as brigas com o marido, na época com o português João José Ferreira do Rego, culminaram no fim do relacionamento e na interrupção das obras. O castelo rústico, que nunca chegou a ser habitado, foi concluído somente em 1991 e hoje encontra-se em completo estado de degradação (Jose Gonçalves-wikimedia-commons) 
09 - BANNERMANS CASTLE, ILHA POLOPEL, NOVA YORK, ESTADOS UNIDOS 
Localizado a 300 metros do Rio Hudson, o castelo foi erguido pelo escocês Frank Bannerman em 1901 com o objetivo de servir como um depósito de armas militares durante a Guerra Civil Americana. Filho de imigrantes escoceses, Bannerman também detinha os direitos da ilha e chegou a morar na propriedade para ampliar a propaganda de seu negócio.

No entanto, a localização estratégica da construção fez com que a mesma fosse alvo de desastres naturais que comprometeram sua estrutura, tais como tempestades e incêndios. O resultado foi que, ao final do ano de 1969, o castelo já se encontrava em estado de deterioração. O que permanece de pé, mesmo depois de invasões e atos de vandalismo, são suas paredes internas. Aos finais de semana, turistas que passam pela região podem sanar sua curiosidade através de visitas guiadas pela propriedade (arsenal Flickr Creative Commons)
10 - VILA DE CHAITÉN, CHILE 
Localizada ao sul da região de Los Lagos, banhada pelo Oceano Pacífico e na divisa com a Argentina, a vila de Chaitén enfrentou um episódio traumático: em 2008, o vulcão homônimo entrou em erupção e provocou a evacuação da população local. A vila acabou sendo transferida junto à localidade de Santa Bárbara, que passou a abrigar seus moradores.

A região onde se localizava, a 1200 quilômetros da capital do país, Santiago, hoje enfrenta o status de cidade-fantasma com suas casas destruídas. Isso, é claro, acabou se tornando um impulsionador da curiosidade de turistas que passam pela região e registram seus cenários melancólicos (Mariano Mantel / Flickr Creative Commons
11 - CASA E MUSEU SALTO DEL TEQUENDAMA, COLÔMBIA 
Localizado na cidade de Soacha, a apenas 30 km ao sudoeste de Bogotá, encontramos um dos principais pontos turísticos da Colômbia: o Salto del Tequendama, uma impressionante cascata de 157 metros de altura que, após percorrer quilômetros pelas belas paisagens naturais da região, cai sobre um abismo rochoso em formato circular. A beleza da imponente queda d’água atrai milhares de turistas à região.

Segundo uma antiga lenda muisca, o Salto del Tequendama se formou pela ação divina de Bochica, que quebrou a rocha para escoar as águas que inundavam a savana de Bogotá. Mas alguns estudos indicam que isso pode não ser apenas uma lenda… há indícios que mostram que este fenômeno pode ter ocorrido de verdade! Mas por ação da natureza, e não divina!
Uma outra lenda diz que, durante a época em que os conquistadores espanhois invadiram a América do Sul, o povo indígena da região, para escapar da escravidão, pulava do Salto del Tequendama e se transformavam em águias que voavam para sua liberdade!
Mas, além da cachoeira (que merece uma visita por si só), uma outra atração é muito procurada pelos turistas: o Hotel Del Salto, um luxuoso hotel situado na beira de um penhasco, bem diante da queda d’água. A mansão, cuja construção iniciou-se em 1923 e sua inauguração se deu em 1928, recebia os viajantes ricaços que visitavam a região e, por causa de sua localização, proporcionava aos seus convidados uma vista simplesmente espetacular e de tirar o fôlego!
O arquiteto responsável pelo seu projeto foi Carlos Arturo Tapias e ele o fez como um símbolo da alegria e da elegância dos cidadãos de elite dos anos 20. O exterior do prédio tem características da arquitetura francesa e a única maneira de chegar à mansão era através de um trem que partia da capital colombiana.
No início da década de 50, a mansão foi reconstruída e transformada em um hotel…
Porém, nas próximas décadas, houve um crescimento desordenado da capital colombiana, o que provocou a contaminação do Rio Bogotá e seus afluentes e fez com que muitos dos atrativos naturais da área da cachoeira perdessem sua beleza.
Com isso, os turistas foram perdendo o interesse pela região, culminando com o fechamento do belo hotel no início da década de 90, que se encontra abandonado desde então. Com seu visual abandonado e o fato de que no passado muitas pessoas escolhiam aquele ponto para cometerem suicídio alimentou os rumores de que o Hotel Del Salto seja mal-assombrado!
O Instituto de Ciências Naturais da Universidade Nacional da Colômbia e a Ecological Farm Foundation of Porvenir se uniram em um projeto de renovação da área e agora são responsáveis em transformar o hotel abandonado em um museu: a Casa Museu Salto de Tequendama de Biodiversidade e Cultura, onde se espera realizar exposições e palestras sobre ecossistemas, natureza e ecologia!


Há cerca de 15 anos, o grupo está trabalhando para recuperar a fauna e a flora ao redor do rio Bogotá… e a recuperação do hotel seria o símbolo de tal processo.
No futuro, quando a região estiver ecologicamente recuperada, o grupo espera tirar um pouco o foco das questões ambientais e voltá-lo para o turismo, já que a região sempre teve um potencial turístico (e, consequentemente, econômico) gigantesco!
foto - Fundacion Ecologica El Porvenir

Em 2014, a construção passou a abrigar a Casa e Museu Salto Del Tequendama, focado em biodiversidade, e foi restaurada – sem, no entanto, perder suas características originais e nem a fama de mal assombrada (Pedro Felipe / Wikimedia Commons)
12 - VILAREJO DE BODIE, CALIFÓRNIA, ESTADOS UNIDOS 
Localizada na região de Serra Nevada, essa pequena vila com clima de Velho Oeste faz parte de um conjunto de mais de seis mil cidades-fantasmas de extrema importância para a cultura nacional. Todas elas, aliás, foram fundamentais para o desenvolvimento da Corrida de Ouro e de metais preciosos no final do século 19. Bodie, em particular, soube preservar suas características mesmo depois do abandono por parte de seus moradores, que deixaram suas casas para trás depois que o comércio e exploração de metais começou a degringolar, e dos atos de vandalismo e incêndios.


As casas de madeira, a decoração e os objetos pessoais da população encontram-se bem preservados e conferiram três títulos de respeito para a vila que, no passado, foi marcada como segundo centro urbano mais importante da Califórnia, atrás somente de Los Angeles: o de Registro Nacional de Lugares Históricos, o de Distrito Histórico Nacional dos Estados Unidos e de Marco Histórico da Califórnia (Staudt Flickr / Creative Commons)
13 - CIDADE FANTASMA DE BELCHITE, ESPANHA 
Ruínas e cenários de completa devastação são o que marcam o visitante que passa por Belchite, situada a apenas 40 km de Saragoça, capital da comunidade autônoma de Aragão. Entre os dias 24 de agosto e 7 de setembro de 1937, a cidade foi palco de um dos episódios mais devastadores da Guerra Civil Espanhola. Na ocasião, soldados do Exército Republicano tomaram cada uma das casas e provocaram nada menos do que seis mil mortes, em um episódio que ficou conhecido como Batalha de Belchite.


Ao final da guerra, o governo decidiu preservar os cenários de destruição para fazer com que o episódio nunca fosse esquecido, já que muitas famílias ficaram completamente destroçadas com o ocorrido. O resultado foi a criação de uma cidade próxima e com o mesmo nome para abrigar seus sobreviventes. O apelo de cidade fantasma de seu antigo município, no entanto, atrai o olhar curioso dos turistas (David Palleja- / Flickr Creative Commons)
14 - CHALÉ DA CONDESSA D´EDLA, SINTRA, PORTUGAL 
Arquitetura eclética e charmosa, jardins bem cuidados e decoração preservada, com pinturas murais e azulejos, estão entre as características principais desse chalé português, que atrai a atenção dos visitantes que passam por Sintra. A cidade, aliás, preserva o clima interiorano e funciona como uma espécie de refúgio de turistas que querem fugir do caos e passear por suas paisagens tombadas como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.


Construído na segunda metade do século 19, esse chalé, onde o estilo alpino predomina, pertenceu a D. Fernando II e à sua mulher Elise Hensler, popularmente conhecida como Condessa d’Edla, uma grande amante das artes e das letras que integrou a Companhia de Ópera de Laneuville como cantora e atriz, além de ser fluente em sete idiomas. Na ocasião, o casal usava a propriedade, erguida especialmente para a artista, como uma casa de campo aos finais de semana. Depois da morte do marido, Elise abandonou Sintra, transferiu todas as propriedades do casal para o Estado e foi viver em Lisboa com a filha, cidade onde viria a falecer (Peter Pbb / Flickr Creative Commons)
15 - CHÂTEAU MIRANDA, BÉLGICA 
Construído em 1866 pelo arquiteto inglês Edward Milner, o castelo neogótico, que também atende pelo nome de Château de Noisy, tinha o objetivo de servir como moradia para o clã francês Liedekerke-Beaufort, que procurava um lugar para fugir durante a Revolução Francesa. Com o falecimento de Edward, a construção ficaria inacabada e sob os cuidados da família até ser invadida por nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.


Nos anos posteriores, a construção teve várias funções distintas, dentre elas: a moradia de empregados de uma empresa ferroviária, colônia de férias e até orfanato. O estado de completo abandono do local começou em 1991, ano em que a família passou a ter dificuldades em manter a propriedade graças aos altos investimentos que a mesma exigia. Posteriormente, o governo belga tentou adquirir a posse do castelo, mas teve o pedido negado pelos herdeiros e hoje encontra-se inabitado e em estado de ruínas (Foam / Flickr Creative Commons)
16 - CIDADE DE ORDOS, CHINA 
Com uma área de mais de 86 mil km2, Ordos ficou conhecida como a maior cidade fantasma do mundo. Fundada em 26 de fevereiro de 2001, ela tinha o objetivo de servir como uma das cidades futurísticas mais impactantes da China. O problema foi que os altos investimentos desembolsados para a região, projetada para abrigar mais de um milhão de habitantes, sofreu com a falta de verba e por problemas graves em torno dos financiamentos imobiliários.


A consequência disso foi que a maior parte dos seus possíveis moradores preferiram migrar para outros centros urbanos, enquanto outros permaneceram em suas residências rurais. Hoje em dia, boa parte de seus edifícios encontra-se em completo estado de decadência (Bert Van Diik / Flickr Creative Commons)
17 - CRACO, BASILICATA, ITÁLIA
Craco (Graculum em latim) é uma comuna italiana da região da Basilicata, província de Matera, com cerca de 796 habitantes.
O centro histórico foi abandonado devido a um deslizamento de terra, transformando-se em uma cidade fantasma. Hoje, o velho aglomerado tornou-se um destino turístico e um popular local de filmagem.

As origens de Craco remontam ao século VIII a.C. É provável que tenha oferecido abrigo para
os colonos gregos de Metaponto, quando eles se mudaram para fugir da malária.


Devido a um deslizamento de terra de grandes proporções, em 1963 a cidade começou a ser evacuada e uma parte dos habitantes se mudou para o vale, em Craco Peschiera. O desastre foi causado pelas obras de infra-estrutura a serviço da cidade. Em 1972, uma enchente piorou ainda mais a situação, evitando um possível repovoamento do centro histórico e, após o sismo de 1980, Craco antiga foi completamente abandonada.
Em 2010, Craco foi incluída na lista de observação do World Monuments Fund
Craco, cuja história remonta ao século VII a.C. está localizada em terreno árido, seco e cercado por ravinas, sulcos profundos em um solo calcário devido à água da chuva que escorre para o vale. Um teatro perfeito para cenas de um filme ocidental.
Um encanto escuro e assustador, um museu ao ar livre que resplandece contra o horizonte, entregue totalmente às curvas das formações naturais. Craco é a bela memória do trágico destino de um povo forçado a fugir de suas casas, a exemplificação de uma região marcada por uma história linda, mas muitas vezes dolorosa. A região da Basilicata, cujas atrações naturais e culturais são acompanhadas por um vácuo político e econômico por mais de um século, condena os seus filhos a emigrar e reflete suas facetas nessa pequena vila abandonada no topo de sua colina.
Em 2010, iniciou-se uma tentativa de melhorar o vilarejo, o que levou à criação do Parque Museu da Cidade Velha de Craco, visitado por poucos turistas corajosos. Algumas rotas pelas ruas do centro da cidade foram colocadas em segurança para que os visitantes possam descobrir o que resta da antiga cidade. No centro de Craco ainda resistem as paredes da igreja dedicada a São Nicolau, embora os tesouros do seu interior tenham sido vítimas de saques. Existem ainda vestígios de afrescos que datam do século XVII e XVIII, além de um órgão antigo.
Gregos ocuparam a cidade de Craco em 540 DC, a cidade contava com uma prisão, universidades e praças. Porém pragas, agricultura mal desenvolvida e terremotos acabaram a destruindo. A cidade acabou se tornando inabitável em cerca de 1959 e 1972, devido a deslizamentos de terra. Ela permanece vazia até hoje, mas foi palco de filmes como “A Paixão de Cristo”. [As mais incríveis cidades fantasmas do mundo]
18 - CIDADE FANTASMA DE KOLMANSKOP, NAMÍBIA 
Os desertos africanos possuem um fascínio que desperta a curiosidade dos visitantes, sobretudo o Mar de Areia da Namíbia, tombado pela Unesco em 2013 como Patrimônio Mundial. Foi a areia, aliás, a responsável por engolir as casas construídas na cidade de Kolmanskop. No início de 1900, a região foi ocupada pelos alemães, que viram nela a chance de enriquecer graças à exploração de diamantes.


O excesso da atividade, no entanto, fez com que os minérios sofressem um forte esgotamento. Na década de 1950, o abandono por parte de seus moradores fez com que a constante limpeza da areia insistente que ocupava as suas ruas fosse completamente abandonada. Hoje, o governo mantém a região habitável para que os turistas curiosos que passeiam por ali possam continuar a explorar a área (Gerald de Beer / Flickr Creative Commons)
Kolmanskop, (em Alemão: (kolmannskuppe) é uma cidade-fantasma no deserto da Namíbia construída em 1908, a poucos quilômetros da cidade portuária de Lüderitz. A cidade foi habitada por alemães. Sua construção tinha como objetivo a busca por diamantes, e foi abandonada 40 anos depois por causa do esgotamento dos minérios.

Em 1920, a cidade abrigava 300 adultos alemães, 40 crianças e 800 trabalhadores nativos. Por ser próxima a um deserto, com o passar dos anos, a areia começou a invadir o lugar. Hoje em dia, o governo da Namíbia retirou a areia de alguns locais, permitindo a visita de turistas.
O nome da cidade remonta a um transportador chamado Johnny Coleman que durante uma tempestade de areia abandonou sua carroça de boi em uma pequena elevação frente à instalação.
Se você quiser visitar a cidade abandonada que abrigava minas de escavação, no deserto da Namíbia, você precisará pedir permissão na cidade de Luderitz. A cidade costumava ser aberta para todos caçadores de diamantes que quisessem se aventurar. A cidade teve seu apogeu durante os anos 1920 mas foi abandonada em 1956 quando depósitos maiores de diamante foram encontrados em outros lugares. A cidade foi parcialmente restaurada deste então.
19 - DADIPARK, DADIZELE, BÉLGICA 
Esses foram os dois apelidos pelo qual o Dadipark ficou conhecido. Construído em 1950 com o intuito de ser um parque para crianças, esse lugar colorido em Dadizele sofreu com a má administração e a falta de investimentos na segurança de suas instalações. O resultado macabro foi o seguinte: em uma das atrações locais, denominada Nautic Jet, uma criança sofreu um acidente e teve o braço amputado.


A notícia fez com que a reputação do parque fosse decaindo até que seu fechamento fosse anunciado em 2002. Desde então, não houve nenhuma iniciativa para demolir o local e fazer um novo empreendimento. Os brinquedos sofreram com o crescimento da vegetação no local e os contantes atos de vandalismo, que perduram até hoje e dão ao lugar a fama de mal assombrado, sobretudo com as lendas urbanas em torno de mortes misteriosas e suicídios que supostamente ocorrem por ali (Nnes / Flickr Creative Commons)
20 - ESTAÇÃO DE COMBOIOS DE CANFRANC, ESPANHA 
No passado, Canfranc ficou conhecida pela elegância de sua estação de trem, erguida em estilo Art Nouveau em 1928 com o objetivo de ligar o país à França. Tudo mudou durante a Segunda Guerra Mundial, quando os nazistas invadiram o lugar e o utilizaram para transportar mais de mil quilos de mercadoria, dentre elas o ouro saqueado pelos soldados da Gestapo na Europa.

A Alfândega Internacional da pequena cidade permaneceu sob o domínio de Hitler durante todo o período da guerra. Segundo documentos históricos recentes, integrantes da própria alfândega espanhola ganhavam uma parte do ouro transportado pelos nazistas em troca da utilização da estação. Entre 1950 e 1960, a estação foi novamente tomada pelo governo e operou normalmente. Seu passado obscuro, no entanto, fez com o interesse do setor de turismo e de negócios diminuísse consideravelmente e impulsionasse o seu total abandono (Juanedc / Flickr Creative Commons)
21 - FORDLÂNDIA, PARÁ 
O objetivo da construção da cidade até que foi nobre: na década de 1920, Henry Ford viu no Brasil um grande potencial de investimento e tentou erguer uma cidade com o propósito de servir aos interesses de sua empresa. A ideia era transformar a região amazônica em uma segunda Detroit, cidade americana onde o automobilismo é a indústria principal.
O problema é que a propriedade adquirida pelo empresário, comprada de um cafeicultor e localizada às margens do Rio Tapajós, ficava localizada em uma região muito montanhosa e que dificultava o cultivo de seringueira, árvore de onde é extraída a matéria-prima da borracha. Somando isso à insatisfação dos trabalhadores, o projeto falhou e foi abandonado. Até hoje, ao passear pela região, o turista pode se deparar com muitas de suas instalações destruídas e consumidas pelo tempo (Babak Fakhamzadeh / Flickr Creative Commons)
22 - HUMBERSTONE, DESERTO DO ATACAMA, CHILE 
O Deserto do Atacama é, por si só, um destino que atrai a atenção de turistas do mundo inteiro graças às suas paisagens naturais e à curiosidade dos mesmos em relação ao clima, marcado como o mais árido e seco do mundo. A região também ficou conhecida pela antiga fábrica de Humberstone, erguida em 1880 e considerada uma das maiores impulsionadoras da indústria de exploração mineral do país.
Mais de sessenta anos depois, quando a cidade passou a ser abandonada por seus moradores e pelos trabalhadores das salitreiras, a região ficou preservada e funciona como um verdadeiro museu a céu aberto, com casas, objetos e até brinquedos preservados e expostos aos olhos do visitante. Em 2005, a fábrica foi tombada como Patrimônio Mundial da Unesco (Robin Ferandes / Flickr Creative Commons)
23 - ILHA DE HASHIMA, NAGASAKI, JAPÃO 
Em 1890, durante a industrialização do Japão, a Mitsubishi comprou a ilha e começou o projeto de extração de carvão em minas submarítimas.

No local foi construído o primeiro edifício de concreto de largas proporções do Japão, um bloco de apartamentos concluído em 1916 para acomodar a cada vez mais crescente massa de trabalhadores.
A população da ilha alcançou seu ápice em 1959, com 5259 habitantes, uma densidade populacional de 835 pessoas por hectare em toda a extensão da ilha. Com a substituição do carvão por petróleo no Japão durante a década de 1960, as minas de extração do mineral começaram a ser fechadas por todo o país, e as de Hashima não foram exceção.
A Mitsubishi anunciou oficialmente o encerramento de suas atividades na ilha em 1974, e o local foi totalmente evacuado, passando a ser conhecido como "Ilha Fantasma". O acesso à Hashima só foi restabelecido em 22 de abril de 1999, mais de 20 anos após o fechamento.
Em 2008, uma ONG protocolou junto à Unesco um pedido para que a ilha se tornasse Patrimônio Mundial da Humanidade. No ano seguinte, um pequeno trecho de Hashima foi reaberto para visitas turísticas.
Em 23 de junho de 2013, o Google enviou um funcionário à ilha para registrar imagens panorâmicas em 360 graus para seu serviço Street View.
Pela sua atual condição de inabitada por residentes, é considerada uma localidade fantasma.
 (Ajari / Flickr Creative Commons)
24 - ORADOUR-SUR-GLANE, FRANÇA
Se os calafrios se manifestam só de ler esse nome, imagina só descobrir que essa antiga comuna francesa foi alvo de um dos piores massacres civis do período e o maior já registrado na França? Em 10 de junho de 1944, dias depois do Dia D e do desembarque das tropas aliadas da Normandia, soldados alemães receberam a ordem de se juntar aos seus parceiros de combate na região.


No meio do caminho, um comandante recebeu a informação de que um de seus soldados tinha sido feito refém no meio do caminho, na cidade de Oradour-sur-Glane. Para se vingar, ele ordenou que centenas de homens fossem fuzilados enquanto mulheres e crianças, que eram mantidas isoladas em uma igreja, morriam queimadas em um incêndio provocado pelos nazistas. Mais de 600 pessoas morreram no local, que hoje encontra-se em ruínas e está exposto à visitação (Eric G. / Flickr Creative Commons)
25 - RESORT DE SAN-ZHI, TAIWAN 
Um dos lugares abandonados mais estranhos do mundo é o vilarejo de San Zhi, um local que provavelmente foi construído no inicio dos anos 80, para ser um local onde as pessoas poderiam sair da movimentada Taiwan e relaxar em um local de paz, próximo a natureza.

O primeiro ponto que chama a atenção no local é a arquitetura bastante moderna, que dá a impressão de que estamos entrando em uma colônia extraterrestre na Terra. Mas o que realmente intriga a todos é o abandono total do local.
Mesmo antes de estar pronto, o lugar foi abandonado as pressas pelos construtores, porém o motivo disso jamais foi revelado.
O governo de Taiwan subsidiou a construção de ‘barracas’ futuristas para serem utilizadas como moradias de verão em 1978, porém o capital de investimento para o projeto desapareceu antes do mesmo ser concluído.
A empresa de construção das ‘barracas’ faliu. 
O San Zhi continua até hoje em pé, com seus prédios mal acabados e seu lago sem movimento. Porém o tempo está sendo cruel e cada vez mais tudo esta se deteriorando, deixando o lugar com cara de cidade fantasma de verdade.

(Chao Wei Juan / Flickr Creative Commons)
26 - TEMPELHOF AIRPORT, BERLIM, ALEMANHA 
Inaugurado há 96 anos, esse aeroporto já foi considerado um dos mais importantes da capital alemã, ao lado do Aeroporto de Berlim-Tegel e do Aeroporto de Berlim-Schönefeld. Construído em 1923, o local foi marcado como uma oficina de aeronaves, transporte de alimentos e até abrigo dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Suas atividades foram encerradas em 2008, provocando o abandono do local. Dois anos depois, o governo alemão decidiu transformá-lo em parque. Sua estrutura, no entanto, foi preservada e atiça a curiosidade de turistas. Hoje em dia, muitos eventos acontecem por aqui, como a edição de 2015 do Lollapalooza Alemanha (Aapo Haapanen / Flickr Creative Commons)
27 - VILA DE KAYAKÖY, TURQUIA 
Construções históricas bem preservadas e localizadas na beira do mar compõem o cenário dessa pequena vila, localizada na província de Muğla. Entre 1855 e 1856, a cidade foi destruída em decorrência de um terremoto e de um incêndio que prejudicaram boa parte de sua estrutura. Posteriormente habitada e bem desenvolvida, a região enfrentou episódios impactantes da Guerra Greco-Turca, que acabaram por provocar seu abandono no final da década de 1920. Hoje em dia, ela é visitada exclusivamente por turistas e abriga mais de 500 casas em ruínas e diversas igrejas ortodoxas (William Neuheisel / Flickr Creative Commons)
28 - VILA DE PEGREMA, RÚSSIA 
Localizada às margens do Lago Onega, considerado como o segundo maior da Europa em extensão, atrás apenas do Ladoga, essa pequena vila mais parece uma pequena cidade do interior da Escócia do que uma vila pertencente à Rússia, um país tão cheio de construções imponentes e bem demarcadas pelo passado da União Soviética. Anteriormente habitada por camponeses, a região é completamente dominada por uma ampla área verde e pequenas casas de madeira, além de abrigar uma igreja intacta datada do ano de 1770. A história conta que a vila foi abandonada durante os conflitos da Revolução Russa, iniciados em 1917 e que espantaram moradores do local (Jurij Burkanov / Wikimedia Commons)
29 - FAROL ANIVA CAPE, ILHA SAKHALIN, RÚSSIA 
Com 948 km de extensão, a Ilha de Sacalina faz fronteira com o Japão e é demarcada por uma cadeia de faróis em praias desabitadas do Império Russo, construídos com o intuito de orientar navegadores do antigo Partido Comunista da União Soviética.


Isolado de áreas povoadas, o Farol Aniva fez parte dessas construções erguidas com uma grande importância histórica para o país, mas que hoje encontram-se abandonados pela falta de utilidade. Abandonado depois do colapso da União Soviética, hoje o farol encontra-se em ruínas e sofre com a ação de vândalos. Mas quem se arrisca por seu interior e pelo aspecto sinistro de suas paredes descascadas e janelas quebradas pode, inclusive, ver documentos esquecidos durante o período e ter uma visão privilegiada do mar (
30 - TIANDUCHENG, HANGZHOU, CHINA 
Ter uma Paris dentro do próprio país é o sonho de muita gente. Visitada por mais de 7 milhões de turistas anualmente, a cidade luz habita o imaginário popular e os sonhos de viajantes do mundo inteiro. Essa ideia, inclusive, foi a grande impulsionadora da construção da cidade chinesa de Tianducheng. Projetada para abrigar 10 mil moradores, ela possui diversas construções que imitam o estilo europeu e até pontos turísticos famosos da capital francesa, como a Torre Eiffel.


A falta de interesse de compradores e até a má administração dos investimentos no local, no entanto, culminaram no status de cidade-fantasma. Essa, aliás, não é a primeira vez que os chineses tentam copiar uma ideia e se deparam com o abandono delas: em 2013, o governo de Pequim mandou demolir o Wonderland Park, uma réplica da Disney cujo projeto foi abandonado em 1998 e nunca concluído
Por Camila Honorato
31 - MICHIGAN CENTRAL SATATION, DETROIT, ESTADOS UNIDOS
Detroit era uma área bem movimentada no começo do século passado, cheia de empregos em fábricas, e conhecida por seu design interior. Entretanto, o setor ferroviário entrou em decadência quando rodovias foram construídas e o tráfego aéreo intermunicipal tornou-se subsidiado. Linhas de trem começaram a abandonar a estação, e em 1988, o último trem, Nº 353, deixou de circular. Desde então, está em ruínas.

Nada simboliza aumento grandioso e espetacular e posterior queda, como Estação Central de Michigan de Detroit. Nenhum outro edifício exemplifica o quanto o automóvel deu à cidade de Detroit - e quanto ele tirou.
Por 75 anos, através desta estação milhares de pessoas foram levadas em férias, enviadas para visitar os avôs ou simplesmente a trabalho. Foi por esta estação de Detroit, que muitas gerações de Detroiters usaram os degraus para ir à cidade ou para trabalhos nas fábricas.
Ela foi preenchida com os sons de saudações e despedidas, ânsias locomotivas e gritando de aço com rodas. Mas há quase 25 anos agora, tem sido um lugar para os vândalos, os caçadores de emoções e os sem-teto.
Os únicos sons para serem ouvidos são o assobio de latas de tinta spray, os cliques e zumbe de persianas e as lentas gotas de água através de furos no telhado. Vento assobiando através das janelas quebradas substituiu os assobios do fundo da garganta de trens.
Demolir o depósito irá apagar a monstruosidade mais emblemática da cidade. Mas não vai acabar com a praga sobre os blocos, não fará mais do que empurrar os desabrigados para o centro e nem aliviará o sofrimento dos pobres. Talvez precisemos desta relíquia podre para nos lembrar o quão longe nós fomos, e até onde devemos viajar juntos.
A incapacidade de Detroit para reconstruir o depósito reflete sua incapacidade de controlar sua imagem e destino, um espelho quebrado que Detroiters não quer olhar. Simplificando, se Estação Central de Michigan não pode ser a peça central do renascimento da cidade, ele não deve ficar apenas como um testemunho de seu declínio. (Thymonthy Becker)
32 - HOSPITAL MILITAR, BEELITZ, ALEMANHA
Nos últimos anos do século XIX, a população de Berlim expandiu-se rapidamente. As questões de precariedade no atendimento médico ao grande número de pessoas não demorou a surgir.

Foi quando em 1898, o Instituto Nacional do Seguro alemão decidiu construir este imenso complexo hospitalar, que foi projetado pelo arquiteto Heino Schmieden, na porção sudoeste de Berlim, perto da cidade de Potsdam.
Vários de seus edifícios foram destruídos. Em 1945, o povo alemão foi dividido em dois. Neste ponto da história a URSS assumiu o controle da instalação transformando-o as instalações em um hospital militar soviético, dentro da República Democrática Alemã.
Mesmo após a reunificação da Alemanha, em 3 de outubro de 1990, o exército soviético permaneceu no controle do hospital até 1995.
Após a retirada soviética, foram feitas tentativas de privatizar o complexo, mas não foram inteiramente bem-sucedidas.
O conjunto de edifícios passou tanto tempo nas mãos daqueles que eram essencialmente uma força de ocupação, que parecia existir uma espécie de limbo legal a ser transposto.
Algumas seções do hospital permaneceram em operação como um centro de reabilitação neurológica e como um centro de pesquisa e assistência às vítimas da doença de Parkinson.
O restante do complexo, incluindo a ala de cirurgia, foi abandonado à sua própria sorte em 2000.
Agora somente fantasmas e praticantes de urbex vagam pelas instalações em ruínas do Beelitz.
33 - FATEHPUR, SIKRI, ÍNDIA
Fatehpur Sikri é uma cidade indiana abandonada com aproximadamente 500 anos, e que permanece em ótimo estado de conservação. Fatehpur Sikri foi construída no século XVI em estilo indo-islâmico. Apenas catorze anos depois da sua construção ela foi abandonada por falta de água.

Em 1568, o Imperador Akbar não tinha herdeiros que o substituíssem e foi à procura de ajuda mística, com Shaikh Salim Chisti, que morava na vila de Sikri. A profecia do santo veio a se confirmar e nasceu o primeiro dos três sucessores do imperador.
Assim, Akbar, que era um grande construtor, planejou uma cidade que seviria de apoio à capital do império, Agra, e escolheu que ficasse próxima de Sikri. A cidade foi matematicamente construída, em arenito vermelho e permanece totalmente preservada.
O complexo de construções de Fatehpur Sikri é além de uma grande atração da Índia, um exemplo soberbo de qualidade arquitetônica. A mescla das arquiteturas islâmica e hindu foi levada a cabo em arenito vermelho, mas ali de tal forma espantosa que por vezes duvidamos do resultado.
Nos pegamos passando os dedos sobre aquelas superfícies tão bem esculpidas: a dureza da pedra foi entalhada com delicadeza possível apenas na maciez da madeira. Por todo o complexo custamos a crer que tudo seja feito em arenito, de beirais a telhados, de vigas a colunas, de volutas, portas, janelas a gradis e paredes.
Foi construída pelo Imperador Akbar com o intuito de ser a cidade mais bonita do mundo. Acreditava-se que o objetivo tinha sido alcançado – até que as pessoas perceberam que a cidade não tinha acesso à água. Ela deixou de ser a capital do Império Mughal depois de apenas 10 anos e é hoje uma cidade perfeitamente preservada do século 16.
34 - ILHA DECEPÇÃO, ANTÁRTICA
A Ilha Decepção ou Ilha Deceção pertence ao arquipélago das Shetland do Sul, na Antártida. Suas coordenadas geográficas exatas são 62° 55' latitude sul e 60° 37' longitude oeste. Situada ao noroeste da península Antártica, é o principal vulcão ativo da bacia do estreito de Bransfield. É um foco de atividade sísmica e vulcânica da Antártida.

Sendo o ponto mais alto de uma cratera vulcânica, sua forma é aproximadamente circular, com um diâmetro médio de 15 km. Estende-se por 18 km de norte a sul e 16 km de leste a oeste. Sua altitude máxima é de 540 m. no monte Pond. A ilha abriga em seu interior uma grande baía chamada Foster, que possui uma estreita abertura de uns 150 m, chamada Foles de Netuno, que a comunica com o exterior.
A base desse vulcão, cuja erupção deu origem à ilha no período quaternário, se encontra a 850 m abaixo do nível do mar, com um diâmetro de 25 a 30 km. Mais de 50% da ilha está coberta por glaciares, menores que os que cobrem às ilhas vizinhas, em alguns casos cobertos pelos piroclastos gerados pelas erupções (glaciares negros).
No exterior da ilha destaca-se Ponta Froilán (Macaroni Point), ao nordeste. A rocha Ravn está na entrada da grande baía, que se abre ao sudeste.
Encontram-se na ilha vários lagos termal. A temperatura da água da baía Foster é muito superior à do mar ao exterior da ilha.
Existe uma lenda sobre seu nome. Basicamente, diz respeito ao sentimento provocado à época pela crença de que existiam fabulosos tesouros de piratas e bucaneiros que jamais apareceram. O verdadeiro tesouro da ilha seja o porto natural protegido dos ventos e relativamente morno, que baleeiros e caçadores de focas utilizaram por muitos anos para criar uma lucrativa atividade comercial.
O norte-americano Nathaniel Palmer, vindo das Ilhas Malvinas, atracou na ilha. A atual baía Foster foi chamada pelos norte-americanos de Yankee-Harbor, nome descartado posteriormente.
Em 1820, o almirante Fabian Gottlieb von Bellingshausen, a serviço da Rússia, visitou e rebatizou Decepção, como fez com outras ilhas do grupo, chamando-a de Yaroslav.
Um dos pontos de parada em cruzeiros antárticos, a Ilha Decepção foi um lugar popular para postos científicos até que várias erupções vulcânicas vieram a destruir as bases em 1960. Hoje você pode ver suas ruínas, além de nadar em águas termais.
35 - SHICHENG - CIDADE SUBAQUÁTICA, CHINA
Os assentamentos da Dinastia Han perderam-se sob as águas crescentes do lago artificial em 1959, após a construção de uma hidrelétrica nas proximidades. Agora, fossilizam lentamente sob mais de 30 metros de água.
Ironicamente, as metrópoles submersas hoje são um exemplo muito bem preservado do urbanismo desta antiga dinastia, incluindo cerca de 265 arcos de pedra bem conservados.
Em 1959, o governo comunista da China construiu sua primeira usina hidrelétrica no condado de Chun’na, a Usina Hidrelétrica de Xin’anjiang, para abastecer cidades do leste do país como Shanghai e Hangzhou.
Com isso, as antigas metrópoles Shicheng e Hecheng foram afundadas no Lago de Qiandao, junto com cerca de 27 aldeias e mil vilas. 290 mil habitantes tiveram que migrar da região.
Hecheng foi uma cidade comercial e próspera construída há 1.800 anos, enquanto Shicheng, também conhecida como Cidade do Leão, possui 1.400 anos e foi um centro político, econômico e cultural.
Os estudiosos pensavam ter perdido esse pedaço da história chinesa para sempre, mas, entre 2001 e 2011, o governo local organizou cinco expedições para descobrir detalhes sobre o alagamento, e percebeu-se que muita coisa das antigas cidades ainda estavam inteiras, como vigas, escalas e tijolos de casas, pátios, esculturas bem trabalhadas, portões, arcos, cemitérios e até uma telha esculpida com a frase “Fabricado no 15º ano do Imperador Guangxu”.
Shicheng - ou “Cidade Leão” – tem 1.400 anos de idade, mas foi submersa no Lago Qindao na China em 1959, em meio a construção da Estação Hidrelétrica Rio Xin. Toda a cidade está debaixo d’água. É uma cápsula do tempo da antiga China.
Fonte dos textos e fotos: viagemeturismo.abril.com.br / Becker Thymonthy



CONHEÇA O ESTADO DO ESPÍRITO SANTO



SONHOS DE UM VIAJANTE
EM BUSCA DO BANHEIRO PERDIDO
Fui chegando à empresa onde eu trabalho e fui logo indo para o banheiro. Quando cheguei no banheiro, lá estava funcionando a sala de duas funcionárias. Perguntei pelo banheiro e elas disseram que ele tinha mudado de lugar. Fiquei esperando elas me disserem onde seria. Elas ficavam conversando e nada de me dizerem onde ficava o banheiro. Então perguntei onde ficava o banheiro, porque eu queria usar. Elas disseram que não fazia idéia de onde era. perguntei como faria então, pois eu estava muito apertado. 


Elas disseram que era para eu procurar outra empresa, porque ali não tinha banheiro mais. Ou então deveria ir no mato que tinha atrás da empresa. Então disse que iria pra casa, porque lá tinha banheiro. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Thanks for traveling in time.